Criatividade e
diversão ajudam na alimentação saudável dos pequeninos
A
alimentação criativa e nutritiva de Isabela Laurindo
Vitor Gonçalves
Em
diferentes fases no crescimento de uma criança, os pais acabam encontrando
dificuldades ao inserir uma alimentação saudável e equilibrada no cardápio dos
filhos. Rejeitando as comidas, sem antes mesmo ter experimentado, os menores fazem
com que os “chefes” de família busquem alternativas que possam reverter o
problema. Mesmo sendo um tanto difícil, algumas pessoas descobriram a solução,
incentivando a presença dos pequenos na cozinha.
Usando
e abusando da criatividade a fim de conhecer novos sabores, a educadora infantil,
Marcilene Lauriano, incentiva a filha de sete anos, no preparo dos próprios
pratos.
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Ela se alimentava muito bem, mas, há um ano começou apresentar dificuldade em
comer, principalmente, legumes, verduras e carnes. Ao ser examinada por um médico,
descobrimos que o colesterol dela estava alto, e que todo o alimento que ela
consumisse precisaria estar dentro de uma dieta – disse.
A
partir do momento complicado, a família buscou uma válvula de escape. O pai,
Michel Laurindo, afirmou que as mudanças alimentares começaram no mesmo
instante.
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A gente começou a ver alguns programas de Tv que ensinavam uma boa alimentação
para as crianças, os motivando a fazer parte desse ambiente. Quando minha filha
viu, imediatamente quis nos ajudar a fazer as refeições diárias.
Montando
pratos coloridos, com formatos variados como flores, animais, palhaço entre
outros, Isabela Laurindo não se importou com o que estava no prato, e voltou a
se alimentar normalmente.
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Fazemos sempre algo diferente. Ela precisava comer aveia, mas não gostava.
Então, começamos a fazer cupcake de aveia com banana, fazendo disso um
lanchinho. Com relação aos legumes, fazemos com ela uma omelete, onde são
inseridos os legumes. Fica bonito e chama a atenção dela para comer. Além
disso, o almoço sempre é criativo. Em pouco tempo, já começou a ter o gosto
pela cozinha e se acha “a cozinheira” - sorriu a mãe.
Durante
a produção da matéria, a pequena juntamente com os pais, montou dois
sanduíches, sendo um em formato de flor e outro de um ratinho.
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Eu aprendi a fazer os meus pratos favoritos com a minha mãe. A florzinha é um
pão integral com frango, maionese, ricota e cenoura ralada. Já o ratinho foi
formado com um pão bisnaguinha integral, maionese, ricota e tomate – contou
Isabela.
De
acordo com a nutricionista Isadora Mazzeu (foto), a formação do paladar começa a
partir dos seis meses aos dois anos de idade, sendo um período crucial para a
introdução de alimentos saudáveis.
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Quando a família não realiza esse processo inicial de maneira mais adequada,
essa atitude poderá dificultar a alimentação da criança. As diferenças de
texturas, nutrientes e formas de preparo são ações que incentivam a expandir
aos poucos o seu paladar – disse.
Para
a especialista, existem alguns passos que são fundamentais para estimular a
alimentação da criança.
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O essencial é criar uma relação dela com a comida, que é um prazer para todos
nós e sempre deve continuar sendo. Os seguintes passos são: o estímulo na
montagem do prato; variação no aspecto da comida; consumir alimentos saudáveis
na frente dos filhos; levar o filho ao mercado para fazer compras juntos, sendo
também interessante que os pais façam o consumo dos mesmos alimentos que a
criança. Vale ressaltar que é necessário respeitar a individualidade da
criança, não forçando ou castigando caso ela recuse alguma refeição – concluiu.